Criminosos utilizam Inteligência Artificial, perfis falsos e falhas em apps de relacionamento para aplicar fraudes emocionais que geram perdas financeiras e psicológicas.
Com a chegada do Dia dos Namorados, cresce o alerta sobre uma ameaça digital que mistura engano, emoção e alta tecnologia: os golpes românticos. De acordo com a ESET, empresa multinacional especializada em cibersegurança, esse tipo de fraude tem se tornado cada vez mais sofisticado, combinando perfis falsos, manipulação emocional e uso de Inteligência Artificial para criar vídeos falsos (deepfakes) durante chamadas de vídeo. Tudo isso com um objetivo claro: roubar dinheiro, informações sensíveis ou imagens íntimas das vítimas.
Esses crimes se aproveitam da vulnerabilidade emocional de quem busca relacionamentos online. Criminosos constroem laços afetivos falsos, muitas vezes em um curto período de tempo, e passam a solicitar dinheiro com justificativas variadas — desde emergências familiares até falsas oportunidades de negócios. Com o uso da IA, golpistas simulam aparências realistas e até chamadas ao vivo, tornando a farsa ainda mais convincente.
Deepfakes e rastreamento geográfico
Segundo Daniel Barbosa, pesquisador de segurança na ESET Brasil, muitas dessas fraudes se sustentam por longos períodos, o que amplifica o trauma emocional e os prejuízos financeiros.
Muitos desses golpes se sustentam por semanas ou meses. O vínculo emocional criado pelos golpistas dificulta a identificação do risco e aumenta o impacto quando a vítima percebe que tudo era uma farsa.
Entre os comportamentos suspeitos mais comuns, está a rapidez com que o golpista expressa sentimentos profundos, declarando amor em poucos dias e querendo levar o relacionamento adiante mesmo sem nunca terem se visto pessoalmente. Em um dos casos recentes analisados pela empresa, o golpista dizia estar trabalhando em uma plataforma de petróleo e pedia dinheiro para custear a volta ao país e finalmente encontrar a vítima.
Também é comum a tentativa de levar a conversa para fora dos aplicativos, como WhatsApp ou e-mail, com o intuito de escapar dos mecanismos de moderação das plataformas e facilitar a manipulação da vítima. Uma vez fora, o criminoso pode iniciar pedidos de ajuda financeira. Em alguns casos, a desculpa envolve emergências médicas, passagens aéreas ou problemas com vistos. Mesmo que a história pareça convincente, é fundamental desconfiar de qualquer solicitação de dinheiro — não importa quão “urgente” ou dramática ela pareça ser.
E não para por aí: falhas de segurança em apps de namoro também têm colocado em risco a privacidade física das vítimas. Um estudo da universidade belga KU Leuven identificou vulnerabilidades em ao menos seis aplicativos populares, que permitiam rastrear com precisão a localização de usuários usando triangulação de dados de distância. Embora esses problemas tenham sido corrigidos, a técnica pode ser reaproveitada em outras plataformas.
Barbosa reforça:
Embora os aplicativos tenham feito correções, a técnica pode ser aplicada a qualquer serviço que use localização precisa. A recomendação da ESET é desabilitar a função de localização exata e revisar todas as permissões concedidas a apps, eliminando todas aquelas que não exijam esse nível de precisão.
Como se proteger de fraudes em aplicativos de relacionamento
Uma dica importante é verificar os perfis com atenção. Os golpistas costumam usar fotos falsas, geralmente criadas utilizando inteligência artificial ou copiadas de redes sociais de terceiros. Uma recomendação é fazer uma busca reversa dessas imagens em ferramentas como o Google Imagens ou o TinEye. Se a foto estiver associada a diferentes nomes ou for encontrada em sites de banco de imagens, é sinal de alerta.
Além disso, perfis com poucas informações, fotos muito produzidas ou que parecem “perfeitos demais” também devem ser vistos com desconfiança.
Por fim, a empresa recomenda ficar atento até mesmo em chamadas de vídeo. Com o avanço das tecnologias de deepfake, já há registros de criminosos usando vídeos manipulados por IA para fingir ser alguém que não são. Alguns sinais de que há algo errado incluem movimentos de boca desconectados da fala, ausência de reação em tempo real e falhas na imagem.
Medidas práticas recomendadas pela ESET para quem utiliza apps de namoro:
Desconfie de vínculos muito rápidos: declarações de amor precoces e promessas exageradas são indícios de golpe.
Evite sair da plataforma: criminosos tentam migrar rapidamente a conversa para canais menos seguros.
Nunca envie dinheiro: independentemente da história, solicitação financeira de alguém que você nunca viu pessoalmente deve acender o alerta.
Desative localização exata nos apps: limite as permissões de localização para proteger sua privacidade.
Faça buscas reversas de imagem: perfis com fotos muito perfeitas ou que aparentam ser geradas por IA podem ser falsos.
Observe sinais em chamadas de vídeo: atrasos, movimentos labiais desconexos e imagens artificiais podem indicar uso de deepfake.
Com a evolução da tecnologia, inclusive da Inteligência Artificial, os golpes românticos deixaram de ser simples fraudes emocionais e passaram a se tornar verdadeiros ataques coordenados, com forte impacto emocional, financeiro e até físico. Estar atento aos sinais e adotar boas práticas de segurança digital pode fazer toda a diferença.
Criminosos utilizam Inteligência Artificial, perfis falsos e falhas em apps de relacionamento para aplicar fraudes emocionais que geram perdas financeiras e psicológicas.
Com a chegada do Dia dos Namorados, cresce o alerta sobre uma ameaça digital que mistura engano, emoção e alta tecnologia: os golpes românticos. De acordo com a ESET, empresa multinacional especializada em cibersegurança, esse tipo de fraude tem se tornado cada vez mais sofisticado, combinando perfis falsos, manipulação emocional e uso de Inteligência Artificial para criar vídeos falsos (deepfakes) durante chamadas de vídeo. Tudo isso com um objetivo claro: roubar dinheiro, informações sensíveis ou imagens íntimas das vítimas.
Esses crimes se aproveitam da vulnerabilidade emocional de quem busca relacionamentos online. Criminosos constroem laços afetivos falsos, muitas vezes em um curto período de tempo, e passam a solicitar dinheiro com justificativas variadas — desde emergências familiares até falsas oportunidades de negócios. Com o uso da IA, golpistas simulam aparências realistas e até chamadas ao vivo, tornando a farsa ainda mais convincente.
Deepfakes e rastreamento geográfico
Segundo Daniel Barbosa, pesquisador de segurança na ESET Brasil, muitas dessas fraudes se sustentam por longos períodos, o que amplifica o trauma emocional e os prejuízos financeiros.
Entre os comportamentos suspeitos mais comuns, está a rapidez com que o golpista expressa sentimentos profundos, declarando amor em poucos dias e querendo levar o relacionamento adiante mesmo sem nunca terem se visto pessoalmente. Em um dos casos recentes analisados pela empresa, o golpista dizia estar trabalhando em uma plataforma de petróleo e pedia dinheiro para custear a volta ao país e finalmente encontrar a vítima.
Também é comum a tentativa de levar a conversa para fora dos aplicativos, como WhatsApp ou e-mail, com o intuito de escapar dos mecanismos de moderação das plataformas e facilitar a manipulação da vítima. Uma vez fora, o criminoso pode iniciar pedidos de ajuda financeira. Em alguns casos, a desculpa envolve emergências médicas, passagens aéreas ou problemas com vistos. Mesmo que a história pareça convincente, é fundamental desconfiar de qualquer solicitação de dinheiro — não importa quão “urgente” ou dramática ela pareça ser.
E não para por aí: falhas de segurança em apps de namoro também têm colocado em risco a privacidade física das vítimas. Um estudo da universidade belga KU Leuven identificou vulnerabilidades em ao menos seis aplicativos populares, que permitiam rastrear com precisão a localização de usuários usando triangulação de dados de distância. Embora esses problemas tenham sido corrigidos, a técnica pode ser reaproveitada em outras plataformas.
Barbosa reforça:
Como se proteger de fraudes em aplicativos de relacionamento
Uma dica importante é verificar os perfis com atenção. Os golpistas costumam usar fotos falsas, geralmente criadas utilizando inteligência artificial ou copiadas de redes sociais de terceiros. Uma recomendação é fazer uma busca reversa dessas imagens em ferramentas como o Google Imagens ou o TinEye. Se a foto estiver associada a diferentes nomes ou for encontrada em sites de banco de imagens, é sinal de alerta.
Além disso, perfis com poucas informações, fotos muito produzidas ou que parecem “perfeitos demais” também devem ser vistos com desconfiança.
Por fim, a empresa recomenda ficar atento até mesmo em chamadas de vídeo. Com o avanço das tecnologias de deepfake, já há registros de criminosos usando vídeos manipulados por IA para fingir ser alguém que não são. Alguns sinais de que há algo errado incluem movimentos de boca desconectados da fala, ausência de reação em tempo real e falhas na imagem.
Medidas práticas recomendadas pela ESET para quem utiliza apps de namoro:
Com a evolução da tecnologia, inclusive da Inteligência Artificial, os golpes românticos deixaram de ser simples fraudes emocionais e passaram a se tornar verdadeiros ataques coordenados, com forte impacto emocional, financeiro e até físico. Estar atento aos sinais e adotar boas práticas de segurança digital pode fazer toda a diferença.